NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
http://www.cec.ce.gov.br/phocadownload/resolucoes/res-436-2012.pdf
RESOLUÇÃO QUE TRATA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
PERGUNTAS GERAIS
INSTITUTO MUNICIPAL HELENA ANTIPOFF/SME, QUANTIDADE DE ALUNOS D. EM SALA DE AULA
Perguntas gerais
Quantos alunos e quais deficiências podem ser colocados em cada sala de aula?
O público-alvo da Educação Especial é matriculado nas turmas da rede municipal segundo a Portaria que estabelece critérios para organização de turmas da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos. Este documento é publicado pela SME Rio de Janeiro, ao final de cada ano letivo, para regularizar a formação das turmas do ano letivo seguinte.
As turmas que recebem alunos com deficiência geralmente sofrem uma pequena redução no número de alunos ou fica vedado o acréscimo de alunos nestas. A faixa etária das turmas também é prevista na Portaria. No caso dos alunos público-alvo da Educação Especial, há uma tolerância de três anos a mais da faixa etária da turma.
As turmas costumam receber até dois alunos com deficiência em cada turma da Educação Infantil, até três alunos com deficiência em turmas de 1º ao 5º ano, ou até quatro alunos com deficiência em turmas de 7º ao 9º ano de escolaridade.
Não é delimitado que seja agrupado o aluno com mesma deficiência.
A orientação é de estudo dos casos de inclusão da escola, a sugestão de turma pelos profissionais envolvidos no acompanhamento aos alunos (professores da escola e de AEE) e da organização de turmas conforme os suportes materiais e humanos disponíveis.
Alunos surdos podem e devem ser agrupados em maior número, em uma mesma turma, devido a necessidade de circulação da língua de sinais e da presença de intérpretes e de instrutores.
Alunos cegos podem ser agrupados em grupos maiores devido as tecnologias como as de uso do computador com sistema operacional Dosvox e/ou o uso de materiais pedagógicos adequados (mapas táteis, livros em Braille).
Um aluno com deficiência intelectual poderá estar agrupado com um aluno com Síndrome de Asperger por serem colegas de turma e usufruírem de um mesmo apoio de estagiário, por exemplo.
Há casos em que o aluno com paralisia cerebral ou o aluno com autismo faz uso de pranchas de comunicação alternativa pelo não uso funcional da fala e este aluno necessite de um estagiário para facilitar a comunicação com os pares da sala de aula. De acordo com o caso, também pode ser destinado um aluno para cada turma.
Cada estudo de caso e avaliação da melhor enturmação e/ou forma de acompanhamento precisa ser revista, periodicamente, pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). O aluno pode atingir modos de comunicação cada vez mais independentes e a ampliação dos círculos de amizade a ponto de interagir melhor com a turma.
Caso haja necessidade de matrícula de um número maior de alunos com deficiência, há a avaliação da Equipe de Acompanhamento do Instituto Municipal Helena Antipoff/SME, da Assessoria de Ação Integradora e da Gerência de Educação da Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
Qual a importância do laudo?
Necessário entender de antemão que o fazer da sala de aula é pedagógico, não é clínico.
É preciso consultar os profissionais especializados na área da saúde para compreensão do laudo médico, quando necessário. O laudo possui dados que não nos auxiliam na definição de procedimentos metodológicos de ensino.
Na maior parte das vezes, um encontro anual ou semestral ou bimestral, agendado entre o AEE e o profissional da saúde que acompanha a criança ou jovem, para discussão do caso, traz mais possibilidade de compreensão de como melhor atuar com o aluno do que o acesso a um laudo.
Cada parte, educação e saúde, relata a experiência e as vivências no espaço o qual atendem, espaços que precisam ser bem diferentes.
O laudo aparece em cena quando ao Fazer a matrícula do aluno on-line, a família sinaliza que a criança ou jovem se constitui Prioridade Legal. Ao indicar a prioridade, o aluno passa a estar na frente das outras matrículas realizadas. O laudo confirma a indicação registrada on-line.
Mesmo com a falta do laudo, a CRE faz o reconhecimento visual, se o aluno é cadeirante, por exemplo. Nos casos em que há dúvida, o aluno é matriculado na rede resguardado o direito a matrícula, mas o caso fica em estudo até o 1º bimestre para que venha ser confirmado ou não o enquadre em Educação Especial.
Necessário compreender a responsabilidade dos agentes envolvidos nesta confirmação de deficiência ou de transtornos sejam eles profissionais da saúde e/ou da educação. O enquadre equivocado pode gerar consequências ao longo da vida do aluno.
MATRÍCULA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão
Z soluções para os dilemas que o gestor enfrenta ao receber alunos com deficiência
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar
Um desenho feito com uma só cor tem muito valor e significado, mas não há como negar que a introdução de matizes e tonalidades amplia o conteúdo e a riqueza visual. Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil - aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades.
Hoje, boa parte das escolas tem estudantes assim. Mas você tem certeza de que oferece um atendimento adequado e promove o desenvolvimento deles? Muitos gestores ainda não sabem como atender às demandas específicas e, apesar de acolher essas crianças e jovens, ainda têm dúvidas em relação à eficácia da inclusão, ao trabalho de convencimento dos pais (de alunos com e sem deficiência) e da equipe, à adaptação do espaço e dos materiais pedagógicos e aos procedimentos administrativos necessários.
Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com a comunidade. Nesta reportagem, você encontra respostas para as 24 dúvidas mais importantes sobre a inclusão, divididas em seis blocos.
Gestão administrativa
1. Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola?
Aos olhos da lei, essa questão não existe - todos têm esse direito. Só em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde que atendem essa criança. É dever do estado oferecer ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e todos os equipamentos específicos necessários. "Cabe ao gestor oferecer as condições adequadas conforme a realidade de sua escola", explica Daniela Alonso, psicopedagoga especializada em inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
2. As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores?
Sim, pois grupos pequenos (com ou sem alunos de inclusão) favorecem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores encontram mais dificuldade para flexibilizar as atividades e perceber as necessidades e habilidades de cada um.
3. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala?
Não há uma regra em relação a isso, mas em geral existem dois ou, em alguns casos, três por sala. Vale lembrar que a proporção de pessoas com deficiência é de 8 a 10% do total da população.
4. Para torna a escola inclusiva, o que compete às diversas esferas de governo?
"O governo federal presta assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o acesso dos alunos e a formação de professores", explica Claudia Pereira Dutra, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). Os gestores estaduais e municipais organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal.
5. Quem tem deficiência aprende mesmo?
Sem dúvida. Sempre há avanços, seja qual for a deficiência. Surdos e cegos, por exemplo, podem desenvolver a linguagem e o pensamento conceitual. Crianças com deficiência mental podem ter mais dificuldade para se alfabetizar, mas adquirem a postura de estudante, conhecendo e incorporando regras sociais e desenvolvendo habilidades como a oralidade e o reconhecimento de sinais gráficos. "É importante entender que a escola não deve, necessariamente, determinar o que e quando esse aluno vai aprender. Nesses casos, o gestor precisa rever a relação entre currículo, tempo e espaço", afirma Daniela Alonso.
6. Ao promover a inclusão, é preciso rever o projeto político pedagógico (PPP) e o currículo da escola?
Sim. O PPP deve contemplar o atendimento à diversidade e o aparato que a equipe terá para atender e ensinar a todos. Já o currículo deve prever a flexibilização das atividades (com mais recursos visuais, sonoros e táteis) para contemplar as diversas necessidades.
7. Em que turma o aluno com deficiência deve ser matriculado?
Junto com as crianças da mesma idade. "As deficiências física, visual e auditiva não costumam representar um problema, pois em geral permitem que o estudante acompanhe o ritmo da turma. Já os que têm deficiência intelectual ou múltipla exigem que o gestor consulte profissionais especializados ao tomar essa decisão", diz Daniela Alonso. Um aluno com síndrome de Down, por exemplo, pode se beneficiar ficando com um grupo de idade inferior à dele (no máximo, três anos de diferença). Mas essa decisão tem de ser tomada caso a caso.
8. Alunos com deficiência atrapalham a qualidade de ensino em uma turma?
Não, ao contrário. Hoje, sabe-se que todos aprendem de forma diferente e que uma atenção individual do professor a determinado estudante não prejudica o grupo. Daí a necessidade de atender às necessidades de todos, contemplar as diversas habilidades e não valorizar a homogeneidade e a competição.
9. Como os alunos de inclusão devem ser avaliados?
De acordo com os próprios avanços e nunca mediante critérios comparativos. Esse é o modelo adotado na EM Valentim João da Rocha, em Joinville, a 174 quilômetros de Florianópolis (leia mais no quadro abaixo). "Os professores devem receber formação para observar e considerar o desenvolvimento individual, mesmo que ele fuja dos critérios previstos para o resto do grupo", explica Rossana Ramos, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Quando o estudante acompanha o ritmo da turma, basta fazer as adaptações, como uma prova em braile para os cegos.
10. A nota da escola nas avaliações externas cai quando ela tem estudantes com deficiência?
Em princípio, não. Porém há certa polêmica em relação aos casos de deficiência intelectual. O MEC afirma que não há impacto significativo na nota. Já os especialistas dizem o contrário. Professores costumam reclamar disso quando o desempenho da escola tem impacto em bônus ou aumento salarial. "O ideal seria ter provas adaptadas dentro da escola ou, ao menos, uma monitoria para que os alunos pudessem realizá-las. Tudo isso, é claro, com a devida regulamentação governamental", defende Daniela Alonso. Enquanto isso não acontece, cabe aos gestores debater essas questões com a equipe e levá-las à Secretaria de Educação.
Os alunos com deficiência da EM Valentim João da Rocha, em Joinville, fazem todas as atividades propostas ao restante da turma - com as devidas adaptações - e são avaliados de acordo com as próprias possibilidades. "Alguns não se alfabetizam, mas avançam na oralidade e são avaliados nesse quesito", conta a diretora, Luci Leila da Cunha Nunes. Além disso, todos são matriculados com colegas de idades próximas, como Ana Caroline de Jesus, de 8 anos, que tem deficiência física. Os professores que ainda têm dúvidas sobre as práticas pedagógicas que devem usar ganharam uma aliada: a professora da sala de recursos, Geisa do Nascimento, responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AAE). Em encontros semanais, Geisa e os colegas conversam sobre os recursos que podem ser providenciados. O resultado do esforço coletivo é compensador. "Nosso melhor estudante tinha baixa visão, classificava-se muito bem na Olimpíada Brasileira de Matemática e hoje está no Ensino Médio", diz Luci.
11. É possível solicitar o apoio de pessoal especializado?
Mais do que possível, é necessário. O aluno tem direito à Educação regular em seu turno e ao atendimento especializado no contraturno, responsabilidade que não compete ao professor de sala. Para tanto, o gestor pode buscar informações na Secretaria de Educação Especial do MEC, na Secretaria de Educação local e em organizações não governamentais, associações e universidades. Além do atendimento especializado, alunos com deficiência têm direito a um cuidador, que deve participar das reuniões sobre o acompanhamento da aprendizagem, como na EMEF Luiza Silvina Jardim Rebuzzi, em Aracruz, a 79 quilômetros de Vitória (leia mais no quadro abaixo).
12. Como integrar o trabalho do professor ao do especialista?
Disponibilizando tempo e espaço para que eles se encontrem e compartilhem informações. Essa integração é fundamental para o processo de inclusão e cabe ao diretor e ao coordenador pedagógico garantir que ela ocorra nos horários de trabalho pedagógico coletivo.
13. Como lidar com as inseguranças dos professores?
Promovendo encontros de formação e discussões em que sejam apresentadas as novas concepções sobre a inclusão (que falam, sobretudo, das possibilidades de aprendizagem). "O contato com teorias e práticas pedagógicas transforma o posicionamento do professor em relação à Educação inclusiva", diz Rossana Ramos. Nesses encontros, não devem ser discutidas apenas características das deficiências. "Apostamos pouco na capacidade desses alunos porque gastamos muito tempo tentando entender o que eles têm, em vez de conhecer as experiências pelas quais já passaram", afirma Luiza Russo, presidente do Instituto Paradigma, de São Paulo.
14. Como preparar os funcionários para lidar com a inclusão?
Formação na própria escola é a solução, em encontros que permitam que eles exponham dificuldades e tirem dúvidas. "Esse diálogo é uma maneira de mudar a forma de ver a questão: em vez de atender essas crianças por boa vontade, é importante mostrar que essa demanda exige a dedicação de todos os profissionais da escola", diz Liliane Garcez, da comissão executiva do Fórum Permanente de Educação Inclusiva e coordenadora de pós-graduação de Inclusão no Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz (Cevec). É possível também oferecer uma orientação individual e ficar atento às ofertas de formação das Secretarias de Educação.
Gestores, professores e funcionários da EMEF Luiza Silvina Jardim Rebuzzi, em Aracruz, sabem que a real inclusão depende do trabalho em equipe. "Nos reunimos semanalmente - eu, a coordenadora, os cuidadores, os professores e os profissionais especializados - e avaliamos o plano de ensino dos alunos com deficiência. Para montar os objetivos, partimos de habilidades que eles já têm, como ter hipóteses de escrita ou se comunicar oralmente. Se não possuem nenhuma delas, criamos metas em função de suas possibilidades", explica a diretora, Débora Amorim Gomes Barbosa. A escola define um plano para cada aluno e todos os professores que trabalham com ele fazem anotações durante o ano. Além disso, é mantido um contato estreito com a família para conhecer melhor a criança e os atendimentos que ela recebe. Tudo isso faz com que os professores tenham mais segurança no planejamento. "Nunca passamos pelo drama de não saber como trabalhar", conta Débora.
15. Como trabalhar com os alunos a chegada de colegas de inclusão?
Em casos de deficiências mais complexas, é recomendável orientar professores e funcionários a conversar com as turmas sobre as mudanças que estão por vir, como a colocação de uma carteira adaptada na classe ou a presença de um intérprete durante as aulas. Quando a inclusão está incorporada ao dia a dia da escola, esses procedimentos se tornam menos necessários.
16. O que fazer quando o aluno com deficiência é agressivo?
A equipe gestora deve investigar a origem do problema junto aos professores e aos profissionais que acompanham esse estudante. "Pode ser que o planejamento não esteja contemplando a participação dele nas atividades", afirma Daniela Alonso. Nesse caso, cabe ao gestor rever com a equipe a proposta de inclusão. Se a questão envolve reclamações de pais de alunos que tenham sido vítimas de agressão, o ideal é convidar as famílias para uma conversa.
17. O que fazer quando a criança com deficiência é alvo de bullying?
É preciso elaborar um projeto institucional para envolver os alunos e a comunidade e reforçar o trabalho de formação de valores.
18. Os pais precisam ser avisados que há um aluno com deficiência na mesma turma de seu filho?
Não necessariamente. O importante é contar às famílias, no ato da matrícula, que o PPP da escola contempla a diversidade. A exceção são os alunos com quadro mais severo - nesses casos, a inclusão dá mais resultado se as famílias são informadas em encontros com professores e gestores. "Isso porque as crianças passam a levar informações para casa, como a de que o colega usa fralda ou baba. E, em vez de se alarmar, os pais poderão dialogar", diz Daniela Alonso.
19. Como lidar com a resistência dos pais de alunos sem deficiência?
O argumento mais forte é o da lei, que prevê a matrícula de alunos com deficiência em escolas regulares. Outro caminho é apresentar a nova concepção educacional que fundamenta e explica a inclusão como um processo de mão dupla, em que todos, com deficiência ou não, aprendem pela interação e diversidade.
20. Uma criança com deficiência mora na vizinhança, mas não vai à escola. O que fazer?
Alertar a família de que a matrícula é obrigatória. Ainda há preconceito, vergonha e insegurança por parte dos pais. Quebrar resistências exige mostrar os benefícios que a criança terá e que ela será bem cuidada. É o que faz a diretora da EM Osório Leônidas Siqueira, em Petrolina, a 765 quilômetros do Recife (leia mais no quadro abaixo). Os períodos de adaptação, em que os pais ficam na escola nos primeiros dias, também ajudam. Se houver recusa em fazer a matrícula, é preciso avisar o Conselho Tutelar e, em último caso, o Ministério Público.
Histórias de alunos com deficiência fora da escola não têm vez na comunidade atendida pela EM Osório Leônidas Siqueira, em Petrolina. Basta saber que uma criança não está matriculada ou perceber que um estudante está faltando demais para a diretora, Virginia Lúcia Nunes de Souza Melo, procurar as famílias. "Muitas não acreditam na capacidade de seus filhos. Temos de explicar que essas crianças são capazes de aprender", diz Virgínia. A localização da escola, em área rural, é mais um desafio, mas a equipe de gestores e professores não desanima. "Nos encontros com os pais, conversamos sobre a importância do convívio social e da necessidade de quebrar o preconceito em relação aos jovens com deficiência - preconceito que quase sempre nasce dos próprios adultos com quem elas convivem." Outra estratégia é compartilhar com a comunidade experiências de sucesso. "Um aluno com síndrome de Down se formou no Ensino Superior. Mesmo que outros não cheguem a tanto, apostamos nessa capacidade e não subestimamos ninguém", afirma Virgínia.
21. Como preparar os vários espaços da escola?
Ao buscar informações nas Secretarias de Educação e instituições que apoiam a inclusão, cabe ao gestor perguntar sobre tudo o que está disponível. O MEC libera recursos financeiros para ações de acessibilidade física, como rampas e elevadores, sinalização tátil em paredes e no chão, corrimões, portas e corredores largos, banheiros com vasos sanitários, pias e toalheiros adaptados e carteiras, mesas e cadeiras adaptadas. É fato, porém, que há um grande descompasso entre a demanda e a disponibilização dos recursos. O processo nem sempre é rápido e exige do gestor criatividade para substituir a falta momentânea do material.
22. Há diferença entre a sala de apoio pedagógico e a de recursos?
A primeira é destinada a qualquer aluno que precise de reforço no ensino. Já a sala de recursos oferece o chamado Atendimento Educacional Especializado (AEE) exclusivamente para quem tem deficiência, algum transtorno global de desenvolvimento ou altas habilidades.
23. É preciso ter uma sala de recursos dentro da própria escola?
Se possível, sim. A lei diz que, no turno regular, o aluno com deficiência deve assistir às aulas na classe comum e, no contraturno, receber o AEE preferencialmente na escola. Existem duas opções para montar uma sala de recursos: a multifuncional (que o MEC disponibiliza) tem equipamentos para todas as deficiências e a específica (modelo usado por algumas Secretarias) atende a determinado tipo de deficiência. Enquanto a sala não for implantada, o gestor deve procurar trabalhar em parceria com o atendimento especializado presente na cidade e fazer acordos com centros de referência - como associações, universidades, ONGs e instituições conveniadas ao governo.
24. Como requisitar material pedagógico adaptado para a escola?
Áudio-livros, jogos, computadores, livros em braile e mobiliário podem ser requisitados à Secretaria de Educação local e ao MEC. "Para isso, é preciso que a Secretaria de Educação apresente ao MEC um Plano de Ações Articuladas", explica Claudia Dutra.
* Enviada por Revista Digital Inclusive – Inclusão e Cidadania: http://www.inclusive.org.br/
MATERIAL DA PALESTRA COM OS PROFESSORES - AGOSTO 2013
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – NEE - BEBERIBE
Mª das graças R. nunes
Professora - UVA
Psicopedagoga - UVA
Atendimento Educacional Especializado – AEE –UFC
Inclusão de aluno com deficiência na sala de aula regular
Beberibe – Ce/ 2013
Uma síntese de:
Deficiência Física
Deficiência Intelectual
Autismo
Deficiência Visual
Deficiência auditiva – Pessoa Surda
Surdocegueira
Deficiência Múltipla
O que é inclusão?
Referências
“Já que não tenho o dom de modificar uma pessoa, vou modifica aquilo que posso; O meu jeito de olhar para ela. Deixe que Deus fale ao seu coração , para que você saiba o que realmente deve fazer em sua vida. Sabe para que o artista faz a sua arte ? Para eternizar um momento que ele não quer mais esquecer."
Pe.Fábio de Melo
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Tipos de deficiência física - deficiência física e a inclusão
Pessoas com perda total ou parcial da capacidade motora ocasionada por acidentes diversos e/ou lesão cerebral.
Pode-se entender a deficiência física em 5 categorias:
Monoplegia:
paralisia em apenas um membro do corpo Hemiplegia:
paralisia total das funções de um dos lados do corpo Paraplegia:
paralisia da cintura para baixo comprometendo as funções das pernas Tetraplegia:
paralisia do pescoço para baixo comprometendo as funções dos braços e das pernas Amputação:
quando há falta total ou parcial de um ou mais membros do corpo
Observação: O termo PARALISIA CEREBRAL serve para designar um grupo de limitações psico-motoras resultantes de uma lesão no sistema nervoso central. A paralisia cerebral oferece diferentes níveis de comprometimento dependendo da área de lesão cerebral.
Principais causas das deficiências físicas:
• Anoxia (é caracterizada pela falta de oxigênio no cérebro);
• Acidentes de trabalho: devido principalmente à falta de condições de trabalho, à negligência dos trabalhadores quanto ao uso de equipamentos adequados e etc.;
• Erros médicos: embora de difícil constatação e comprovação, erros médicos podem levar pessoas a usar cadeiras de rodas ou outro tipo de equipamento;
• Paralisia infantil: apesar das campanhas de vacinação diminuírem sensivelmente este tipo de doença;
• Violência urbana: tiros, facadas e o uso de outras armas têm deixado muitas pessoas deficientes físicas;
• Desnutrição (fome): quando ocorre na infância ou em períodos de gestação, as crianças não têm condições de desenvolver uma série de músculos, comprometendo de forma definitiva movimentos como o andar.
Deficiência física e acessibilidade escolar.
• Quebra de barreiras arquitetônicas na entrada da escola;
• Alargamento das portas da sala para cadeirantes;
• Adaptação de material didático (caso tenha dificuldade motora);
• Ao conversar com um deficiente físico, principalmente se este usar cadeira de rodas, se alongar um pouco, procure sentar. É incômodo ficar olhando para cima.
O Atendimento Educacional Especializado na Deficiência
Física: Formação de redes e atribuições dos parceiros
Geisa Letícia Bock1
Rita Bersch2
Este texto deseja propor uma reflexão a respeito do trabalho do Atendimento Educacional Especializado – AEE, na sala de recursos multifuncional, e o estabelecimento de uma rede de parcerias que contribua para uma compreensão e intervenção aprofundadas para a resolução de barreiras enfrentadas pelos alunos com deficiência física, na perspectiva da educação inclusiva. Para dar início a esta reflexão podemos afirmar que a atribuição maior do AEE é a de identificar os obstáculos que impedem ou limitam o aluno de participar e de se desafiar para alcançar os objetivos educacionais propostos pela escola e, por fim, construir as condições necessárias para a superação destes obstáculos. Esta é uma pretensão e tanto e certamente o professor do AEE poderá sentir-se solitário e com necessidade de conhecimentos e parcerias complementares.
Garantir as condições de acessibilidade é uma parte importante do processo de inclusão dos alunos com deficiência e, neste empenho, estão envolvidos o próprio aluno, seus familiares, os gestores das redes de educação, os gestores e professores da escola comum, além de outros profissionais que poderão contribuir com informações, conhecimentos e experiências que venham subsidiar e qualificar o atendimento ao aluno. Devemos destacar também que o AEE tem por atribuição a Educação para a Autonomia e isto significa muito mais do que dar acesso e ajudar o aluno com deficiência a desempenhar de forma mais independente possível às várias tarefas do cotidiano escolar. Podemos dizer que a autonomia diz respeito a gerenciar a própria vida. A autonomia nos faz tomar decisões para nós mesmos, sempre lembrando que estamos em relação com os outros. Durante nosso percurso de vida, desde que nascemos até a velhice, vivenciamos diferentes níveis de autonomia. Temos consciência que nossas decisões repercutem no meio em que vivemos e sobre aqueles que estão conosco.
Mesmo quando dependemos de cuidados, por situação de saúde, por exemplo, podemos nos posicionar se e quando queremos este apoio, por quem e como queremos ser ajudados. Podemos ser dependentes e ao mesmo tempo autônomos.
A autonomia é conquistada e não é uma qualidade frequentemente observada nas pessoas com deficiência. Muitos são os que pensam e decidem por essas pessoas, muitos são aqueles que definem o que é melhor e como elas devem agir. O conhecimento de profissionais especializados no campo da saúde ou educação das pessoas com deficiência frequentemente classifica, padroniza intervenções, determinam prognósticos e muitas vezes desconsidera, neste processo, o sujeito para o qual deveria servir.
Os livros não trazem o conhecimento que é próprio do sujeito que será atendido no AEE: de como ele se sente diante das barreiras que encontra e que limitam sua participação e inclusão; de como já consegue superá-las por conta do desenvolvimento de estratégias pessoais, criadas pela necessidade; das dificuldades e habilidades reais que percebe em si, no seu dia a dia; das prioridades que deseja estabelecer para si, porque fazem sentido e porque pretende perseguir em seu processo educacional.
Seremos capazes de construir os objetivos educacionais do plano de AEE escutando inicialmente o aluno?
Conseguiremos apoiá-lo a fim de que desenvolva a habilidade de manifestar com clareza quais são as barreiras que prioritariamente ele deseja superar?
Quando o aluno não fala, seremos capazes de observá-lo no contexto escolar e entender suas linguagens alternativas, como a manifestação de desconforto em determinadas situações, expressões faciais e corporais, gestos, sons? Saberemos perguntar a ele o que está bem e o que pretende melhorar e aguardar sua resposta, mesmo que ela não se articule da forma tradicional com as palavras SIM e NÃO?
Antes de discutir a importância do trabalho interdisciplinar e da formação de uma rede de inteligências para a resolução de problemas, no AEE, precisaremos garantir que todo o trabalho de equipe sirva a uma pretensão real do nosso aluno. Desta forma, estaremos educando-o para a autonomia. Ele será o ator principal de suas ações, mesmo que necessite de apoio de recursos ou de outras pessoas.
Num processo de avaliação, o professor do AEE realizará uma observação atenta da realidade vivenciada pelo aluno com deficiência. O próprio aluno o ajudará a identificar as reais barreiras que enfrenta no cotidiano escolar.
Diante do “caso real”, o professor do AEE irá identificar aquilo que conhece e que poderá ser uma ajuda importante para resolução dos problemas que se apresentam e também deverá identificar aquilo que não conhece e precisa aprofundar a partir de estudos ou talvez contatos com outros colegas, gestores, profissionais de outras áreas.
Cada barreira ou cada problema identificado deve transformar-se em “objetivo de intervenção” no plano de atendimento educacional especializado e, com objetivos claros, será possível a proposição de ações.
Junto ao aluno, o professor do AEE experimentará várias alternativas de estratégias e recursos para que as barreiras ao aprendizado sejam rompidas e será o próprio aluno que colaborará de maneira definitiva para a escolha dos recursos apropriada à sua necessidade.
Certamente, o AEE não é a aplicação de um conhecimento da educação especial que servirá a um aluno, tendo por base a sua deficiência. O AEE não se faz para o aluno e sim com o aluno, ele deve ser o protagonista. Educadores e outros especialistas contribuirão com conhecimentos para a formação do aluno, a fim de que ele possa, com a apropriação destes conhecimentos, utilizá-los em prol de seu desenvolvimento. Assim ele viverá a autonomia.
Partindo dessa premissa que coloca o aluno como protagonista das as ações do AEE, passaremos a discutir a composição de uma rede de conhecimentos que poderá se estabelecer, a partir do estudo de casos.
A família, se não é, deverá se tornar uma grande aliada do professor do AEE. Muitos conhecimentos e soluções já estão na família, na forma com que ela já vivencia e supera dificuldades de comunicação, mobilidade, alimentação, cuidados pessoais, enfrentamento de barreiras arquitetônicas, etc. Da mesma forma, na manifestação das dificuldades e privações que vivenciam no dia a dia. A família traz outras informações, como por exemplo, a história de vida e desenvolvimento, os profissionais que estão envolvidos na habilitação ou reabilitação do aluno, os tipos de atendimento ou tratamento que fez ou está fazendo, entre outros.
Com estas informações, o professor do AEE terá indicações de quais são as pessoas com quem poderá contatar para estabelecer uma rede de apoio.
Mas afinal, o que seria esta rede de apoio? Nada mais é do que a equipe de trabalho que atua com o aluno em diferentes momentos. Ela poderá ter, entre os seus integrantes, todos os profissionais da escola, envolvendo gestores, educadores, funcionários, colegas e também profissionais da área de saúde como fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, ortopedista. A equipe poderá contar ainda com técnicos de informática, designers, engenheiros, marceneiros. Enfim, a equipe se forma naturalmente a partir da demanda identificada a cada caso.
No trabalho de equipe, cada componente apresenta elementos importantes para que se possa conhecer com maior profundidade as necessidades do aluno, do seu contexto escolar e familiar. O conhecimento interdisciplinar ajudará o professor do AEE a propor, junto com o aluno, os objetivos para o Plano de AEE, de forma que estes contemplem suas necessidades, ampliem as suas habilidades, promovam sempre sua autonomia e proporcionem ao aluno com deficiência o acesso aos conhecimentos formais, em igualdade de condições com seus pares.
Em rede colaborativa de apoio, todos os atores, cada um na sua ação e espaço específicos, exercem um papel primordial. A escolha, por exemplo, do melhor recurso de tecnologia assistiva que apoiará o aluno nas várias atividades propostas pela escola depende do envolvimento dos diversos atores.
Cada rede de ensino pode, a partir de sua realidade, identificar os parceiros para um trabalho colaborativo: ações intersetoriais entre secretarias de educação, saúde e assistência social; apoio das secretarias de obras (visando a acessibilidade urbana e da própria escola); apoio da secretaria de transporte; parcerias com universidades para trabalhos de pesquisa e extensão em diversas áreas do conhecimento como terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, engenharia, arquitetura, informática, entre outros. Para uma melhor compreensão, podemos fazer um ensaio sobre a atuação de alguns dos profissionais que poderão estar envolvidos na rede de apoio.
Professores do AEE – primeiramente, este profissional tem a responsabilidade de estabelecer o contato inicial com o aluno, com sua família e com cada profissional das diferentes áreas do conhecimento que entende ser necessário integrar em rede colaborativa de trabalho. Fará a relação com as demais áreas de conhecimento propondo intervenções no âmbito da educação, com foco no potencial do aluno, proporcionando atividades no AEE que possibilitem a ampliação da participação deste aluno nos desafios educacionais e na perspectiva inclusiva. Organizará e estabelecerá os encontros necessários entre os profissionais durante o processo de avaliação e definição do recurso de tecnologia assistiva que servirá ao aluno e, posteriormente, fará a confecção, a adequação de algum recurso já existente ou a solicitação de compra.
O professor do AEE discutirá, também, com o professor de sala de aula o seu planejamento sugerindo diferentes estratégias e recursos para cada tarefa a ser realizada. Por meio de formações, grupos de estudo, orientações, entre outros, capacitará os demais profissionais da escola e da comunidade em geral, prioritariamente no próprio ambiente escolar.
Professores de sala de aula comum - O professor de sala de aula ao antecipar seu planejamento para o professor do AEE estará exercendo uma prática de compromisso com a aprendizagem de seu aluno e será extremamente importante para o professor do AEE, pois desta maneira o professor do AEE terá entendimento das tarefas a serem realizadas em sala de aula, e assim pode realizar seu trabalho de contra-turno pensando nas possibilidades de materiais tanto para uso do professor quanto para o uso do aluno. Ainda, o professor de sala de aula deve envolver o aluno nas atividades de sala de aula proporcionando condições de aprendizagem, autonomia e independência. Pensar atividades, ou seja, planejar sua aula com o olhar para as diferentes maneiras de aprender, propondo a maior variedade de atividades para um mesmo objetivo de aprendizagem.
Colegas - Os colegas de sala de aula são os parceiros de troca e precisam compreender as habilidades e as dificuldades de seu colega com deficiência para que assim possam ter atitudes que não sejam de superproteção, nem de infantilização, mas momentos solidários, participativos e de trocas com respeito ao ritmo deste colega, principalmente nos trabalhos em grupo e nas demais atividades curriculares. Os colegas podem incentivar o uso dos recursos de TA por parte do aluno com deficiência, como também possibilitam a ampliação das habilidades de fala/comunicação e de interação nas brincadeiras do cotidiano escolar. Os colegas proporcionam também os conflitos, os quais são naturais e necessários no processo de desenvolvimento e capacidade de resoluções de problemas.
O aluno com deficiência - o próprio aluno é quem precisa conduzir os profissionais demonstrando qual recurso fará a diferença para sua participação na atividade, precisa participar ativamente do AEE, descobrindo e trabalhando seus potenciais para que possa participar com condições de igualdade no ensino regular.
Familiares – são eles que possuem as informações de maneira mais articulada e com maior propriedade do desenvolvimento ao longo dos anos tanto relativas à educação quanto a saúde de seu filho, neste sentido podem disponibilizar as informações necessárias para as intervenções por parte dos profissionais tanto da saúde quanto da educação, necessitam entender o funcionamento dos recursos selecionados para uso por parte do aluno para que possam dar o apoio necessário nos momentos extraescolares viabilizando a continuidade do processo nos demais momentos da vida do aluno. Recursos humanos de apoio – Alguns alunos com deficiência física necessitarão apoio específico para funções básicas como, por exemplo, na alimentação, higiene, mobilidade, disponibilização de materiais escolares e recursos de tecnologia assistiva. O profissional de apoio deverá estar atento no sentido de propor as atividades COM e não PELO o aluno, deverá atuar garantindo a maior autonomia e autoria possível deste aluno. O profissional de apoio precisa ter a sensibilidade de estar presente e se ausentar em determinados momentos para dar o espaço necessário ao aluno, para que este enfrente desafios e se sinta motivado a se auto-desafiar. Não é atribuição do profissional de apoio substituir a função do professor regente e nem mesmo dos colegas (atividades colaborativas, recreativas, vínculos de amizade, entre outros).
Gestores escolares – Estes têm por responsabilidade a viabilização da política de inclusão em cada escola, conduzir a inserção do tema da inclusão, entre outros no Projeto Político Pedagógico – PPP, primar pelo cumprimento da legislação vigente, realizar a organização geral da escola, a gestão dos recursos financeiros disponibilizados via descentralização municipal e do Governo Federal como em ações do PDE, PDDE, etc. Garantir a declaração deste aluno no censo escolar para que recursos e equipamentos sejam destinados para sua Unidade Educativa de maneira a proporcionar maior qualidade da permanência destes alunos no ensino regular.
Gestores da Educação – promover e viabilizar as políticas de inclusão, buscando e destinando recursos financeiros para aquisição de recursos de acessibilidade e de apoio para o aluno com deficiência, garantindo que chegue para o aluno e para sua escola. Levar a compreensão da legislação vigente e viabilização da prática da mesma. Como sugestões para os gestores no âmbito municipal podem indicar: a criação de espaço específico no organograma da secretaria de Educação. Proposição de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) a ser encaminhada para votação na câmara de vereadores de maneira a ter recurso para encaminhar e autorizar a compra de materiais e equipamentos para uso dos alunos com deficiência. Proposição de formações para os profissionais da educação, não somente os do AEE, mas também do ensino regular e apoios escolares, enfim a gestão da inclusão nas escolas.
Engenharia, Arquitetura, Design – na efetiva parceria com a educação, podem pensar a engenharia e o design de equipamentos, softwares, recursos de mobilidade e acessibilidade ao conhecimento, tendo com base o desenho universal, e desta maneira estarão contribuindo para a aplicação da tecnologia assistiva na escola. Faz-se urgente as prefeituras buscarem parcerias com as instituições de ensino superior, ou outros cursos técnicos para viabilizarem serviços de tecnologia assistiva mais completos, criativos e que atinjam as necessidades individuais de cada sujeito.
Profissionais de saúde/reabilitação (parcerias com serviços públicos, instituições, universidades ou com os profissionais que já atendemos aluno) – Os profissionais da saúde poderão ser solicitados a atuar a cada caso, como por exemplo, na avaliação oftalmológica para verificação de acuidade visual, prescrição de lentes e lupas; na avaliação fonoaudiológica de audição e linguagem; na avaliação da condição motora para especificação de recursos como órteses, próteses, cadeiras de rodas com adequação postural, recursos de mobilidade, entre outros. O conhecimento especializado e a prescrição correta destes recursos, sempre feita com aluno e considerando os desafios reais do ambiente escolar, certamente trarão as condições necessárias e fundamentais para que ele se encontre disponível e em condições de participar e se desenvolver na escola.
Para concluir sabemos que, com clareza de aonde queremos chegar, é dado o momento da efetivação de nossas práticas e, para que possamos amenizar a distância entre a qualidade na educação das pessoas com deficiência que temos e a que queremos, devemos perceber que isto depende exclusivamente de cada um de nós, da mudança de nossos olhares e de nossas ações. Fazendo isso, teremos a tranquilidade de participar não, apenas da nossa mudança, mas também teremos a certeza de estar contribuindo para que ocorram modificações num âmbito maior do que dentro dos muros de nossas escolas.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
O Aluno com Deficiência Intelectual: Aspectos a considerar
→ Identificação das potencialidades;
→ Importância da deficiência;
→Qualidade das interações e da mediação pedagógica;
→Repercussão das interações sociais.
Aspecto funcional
Etapas do desenvolvimento intelectual
• Ritmo mais lento de desenvolvimento das suas estruturas intelectuais;
• Podem não conseguir finalizar o desenvolvimento das suas estruturas intelectuais;
• Os mecanismos da equilibração são os mesmos – esquemas de assimilação e acomodação;
• Manifestam, muitas vezes, oscilações (caráter instável) no uso dos seus esquemas;
• Dificuldade de representação (pensamento abstrato/abstração reflexiva).
Para lembrar...
Três fatores importantes:
• Os aspectos emocionais tem um papel importante no modo de resolução de problema (Zigler, 2002);
• Maior apelo aos recursos do meio ambiente que aos próprios recursos cognitivos (o apoio cognitivo deve estar no ambiente);
• Fatores extra-cognitivos podem influenciar os mecanismos operatórios.
Observações
• Não se pode ignorar/desprezar a importância da inteligência sobre o desenvolvimento;
• É importante distinguir os fatores cognitivos dos motivacionais que afetam o desempenho do aluno com deficiência intelectual;
Os mecanismos de aprendizagem
• Motivação – Atenção- memória
Motivação
• Alunos com Deficiência Intelectual apresentam um modo particular de resolução de problemas, caracterizado pela extroversão da atenção. Recorrem mais aos recursos externos do que aos seus próprios. (Zigler et al 2002);
• Os fatores motivacionais afetam o desempenho de alunos com Deficiência Intelectual. Dentre esses fatores se destacam a qualidade das relações sociais, as interações sociais negativas, a expectativa de fracasso, a dependência dos outros e a baixa auto-estima.
Atenção
• Alguns alunos com deficiência intelectual apresentam um déficit no nível do reflexo de orientação;
• Alguns alunos apresentam muitas dificuldades para focalizar sua atenção sobre os elementos pertinentes para realizarem uma tarefa;
Memória
• As pessoas com deficiência intelectual apresentam uma fragilidade na memória de curto prazo;
• Elas não utilizam espontaneamente as estratégias cognitivas de codificação;
Estratégias de ensino
• Ensinar é um ato coletivo, no qual o professor disponibiliza a todos os alunos, sem exceção, um mesmo conteúdo;
• A variação não é do conteúdo, é da atividade é para provocar a cooperação;
• Uso do material concreto de apoio (fichas, letras móveis, livros de literatura, figuras etc) constitui um elemento de suporte importante;
• Importante é centrar-se na educação cognitiva e em situações desafiadoras (situação-problema; desafio cognitivo).
Avaliação
• Observação diagnóstica; observação de processo; observação de produto;
• Registros de episódios;
• Diário do professor.
AUTISMO
Transtornos Globais do
Desenvolvimento - TGD e Dificuldades de
Aprendizagem
Autismo infantil: desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes dos de três anos de idade e "apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo” (CID10, 2009).
Autismo atípico: TGD que ocorre após os três anos de idade ou que não responde a todos os critérios diagnósticos do autismo infantil. Ocorre habitualmente em crianças que apresentam um retardo mental profundo ou um transtorno específico grave do desenvolvimento de linguagem do tipo receptivo.
Síndromes do espectro do autismo (síndrome de Rett)
• Descrito até o momento unicamente em meninas.
• Caracterizado por um desenvolvimento inicial aparentemente normal, seguido de uma perda parcial ou completa de linguagem, da marcha e do uso das mãos, associado a um retardo do desenvolvimento craniano.
• Ocorre habitualmente entre 7 e 24 meses.
• A partir da idade de quatro anos manifesta-se uma ataxia (falta de coordenação) do tronco e uma apraxia (dificuldade em executar movimentos espontâneos), seguidas frequentemente por movimentos coreoatetósicos (movimentos involuntários incontroláveis).
• O transtorno leva quase sempre a um retardo mental grave.
Síndromes do espectro do autismo (síndrome de Asperger)
• Transtorno caracterizado por uma alteração qualitativa das interações sociais, semelhante à observada no autismo, com movimentos repetitivos e interesses restritos, mas considerada mais suave que o AC, devido à alta habilidade cognitiva.
• A SA diferencia do autismo clássico pelo fato de que não é acompanhada de um retardo ou de uma deficiência de linguagem ou do desenvolvimento cognitivo (CID10, 2009).
Autismo (causas) – Não se definiu uma causa do autismo.
Autismo (orientações a educadores) - Segundo Mello (2007):
• Posicionar o aluno o mais próximo possível do professor;
• Dar a ele a oportunidade de ser ajudante do professor;
• Fornecer ajuda ao aluno para que possa trabalhar e concentrar-se por períodos cada vez mais longos;
• Estimulá-lo a trabalhar em grupo, aprendendo a esperar sua vez;
• Elogiá-lo sempre.
DEFICIÊNCIA VISUAL
A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode variar o que determina dois grupos de deficiência:
Cegueira - há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.
Baixa visão ou visão subnormal - caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais.
Como lidar com a deficiência visual na escola?
• A escola pode recomendar aos pais e responsáveis que busquem fazer o exame de acuidade visual das crianças sempre que notarem comportamentos relacionados a dificuldades de leitura, dores de cabeça ou vista cansada durante as aulas.
• Compartilhe a organização dos objetos da sala de aula com o aluno, a fim de facilitar o acesso e a mobilidade. Mantenha carteiras, estantes e mochilas sempre na mesma ordem, comunique alterações previamente e sinalize os objetos para que sejam facilmente reconhecidos.
• O aluno cego tem direito a usar materiais adaptados, como livros didáticos transcritos para o braile ou a reglete para escrever durante as aulas. Antecipe a adaptação dos textos junto dos educadores responsáveis pela sala de recursos, que deve contar com máquinas braile, impressora e equipamentos adaptados.
• A alfabetização em braile das crianças com cegueira total ou graus severos de deficiência visual é simultânea ao processo de alfabetização das demais crianças na escola, mas com o suporte essencial do Atendimento Educacional Especializado (AEE)
DEFICIÊNCIA AUDITIVA – PESSOA SURDA
É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa genética), lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo.
A deficiência auditiva moderada é a incapacidade de ouvir sons com intensidade menor que 50 decibeis e costuma ser compensada com a ajuda de aparelhos e acompanhamento terapêutico. Em graus mais avançados, como na perda auditiva severa (quando a pessoa não consegue ouvir sons abaixo dos 80 decibeis, em média) e profunda (quando não escuta sons emitidos com intensidade menor que 91 decibeis), aparelhos e órteses ajudam parcialmente, mas o aprendizado de Libras e da leitura orofacial, sempre que possível, é recomendado.
Perdas auditivas acima desses níveis são consideradas casos de surdez total. Quanto mais agudo o grau de deficiência auditiva, maior a dificuldade de aquisição da língua oral. É importante lembrar que a perda da audição deve ser diagnosticada por um médico especialista ou por um fonoaudiólogo.
Como lidar com a deficiência auditiva na escola?
Toda escola regular com alunos com deficiência auditiva tem o direito de receber um intérprete de Libras e material de apoio para as salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Para isso, recomenda-se que a direção da escola entre em contato com a Secretaria de Educação responsável.
No dia a dia, posturas simples do professor em sala facilitam o aprendizado do aluno surdo. Traga- o para as primeiras carteiras e fale com clareza, evitando cobrir a boca ou virar de costas para a turma, para permitir a leitura orofacial no caso dos alunos que sabem fazê-lo. Dê preferência ao uso de recursos visuais nas aulas, como projeções e registros no quadro negro.
Para os alunos com perda auditiva severa ou surdez, a aquisição da Língua Brasileira de Sinais é fundamental para a comunicação com os demais e para o processo de alfabetização inicial. O aprendizado de libras ocorre no contraturno, nas salas de AEE.
É importante que professores da escola solicitem treinamento para aprender libras ou peçam o acompanhamento de um intérprete em sala. Isso garante a inclusão mais efetiva dos alunos.
SURDOCEGUEIRA
A pessoa que tem surdocegueira é aquela que tem uma perda substancial da visão e da audição, de tal forma que a combinação das duas deficiências, portanto é uma deficiência única.
Algumas pessoas com surdocegueira têm audição residual e até a fala, nos casos em que a surdez evoluiu depois de o indivíduo já ter adquirido a linguagem oral (os chamados “pós-simbólicos”). Os casos mais graves são os “pré-simbólicos”, de surdocegueira congênitos ou adquiridos antes da aquisição da linguagem. Estes, sem dúvida, precisam de mais atenção para desenvolver formas alternativas de comunicação.
Uma criança com surdocegueira na escola
Crianças com surdocegueira costumam apresentar problemas na comunicação e na mobilidade. Podem, também, demonstrar reações de isolamento ou ser hiperativas. Por isso, contar com o atendimento educacional especializado (AEE) é primordial para a inclusão, para melhorar da qualidade de vida da pessoa com surdocegueira e para a orientação dos educadores. É importante lembrar que cada caso é único e cada criança precisa ser estimulada com base em suas habilidades, respeitando-se os tempos de aprendizagem de cada um.
Uma das alternativas de comunicação para os surdocegueira pós-simbólicos consiste no sistema Tadoma, também conhecido como “Braille Tátil”. Nessa técnica a pessoa utiliza as mãos para sentir os movimentos da boca, do maxilar e a vibração da garganta do falante, e assim consegue interpretar o que é dito.
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
A deficiência múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente – sejam deficiências intelectuais, físicas ou ambas combinadas. Não existem estudos que comprovem quais são as mais recorrentes.
As causas podem ser pré-natais, por má-formação congênita e por infecções virais como rubéola ou doenças sexualmente transmissíveis, que também podem causar deficiência múltipla em indivíduos adultos, se não tratadas.
Uma criança com deficiência múltipla na escola
A orientação aos educadores deve ser feita caso a caso, dependendo dos tipos e do grau de comprometimento do aluno. Mais do que a somatória de deficiências, é preciso levar em conta que há consequências nos diversos aspectos do desenvolvimento da criança que influenciam diretamente a sua maneira de conhecer o mundo externo e desenvolver habilidades adaptativas.
Ela aponta que é preciso ficar atento às competências do aluno com deficiência múltipla, usando estimulação sensorial e buscando formas variadas de comunicação, para identificar a maneira mais favorável de interagir com o aluno.
O QUE É INCLUSÃO?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.
Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.
O que faz uma escola ser inclusiva?
Em primeiro lugar, um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina, de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem. Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da turma. As práticas pedagógicas também precisam ser revistas. Como as atividades são selecionadas e planejadas para que todos aprendam? Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não.
Como está a inclusão no Brasil hoje?
Estamos caminhando devagar. O maior problema é que as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado preferencialmente na escola, que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental. Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de conscientização.
A escola precisa se adaptar para a inclusão?
Além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local. Assim, uma criança cega, por exemplo, assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contraturno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile e de instrumentos como o soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integração dentro e fora da escola.
Estudantes com deficiência mental severa podem estudar em uma classe regular?
Sem dúvida. A inclusão não admite qualquer tipo de discriminação, e os mais excluídos sempre são os que têm deficiências graves. Para que o professor saiba o momento adequado de encaminhá-la a um tratamento, é importante manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado.
A avaliação de alunos com deficiência mental deve ser diferenciada?
Não. Uma boa avaliação é aquela planejada para todos, em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma. Ele deve dizer o que aprendeu o que acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida.
Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência?
Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Não pode haver confusão. Uma criança surda, por exemplo, aprende com o especialista libras (língua brasileira de sinais) e leitura labial. Para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos, conhecida como L2, a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso. A função do regente é trabalhar os conteúdos, mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas. Se na turma há uma criança surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o especialista mostra à criança com antecedência fotos, gravuras e vídeos sobre o assunto. O professor de L2 dá o significado de novos vocábulos, como pirâmide e faraó. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos e leitura labial facilitam a compreensão do conteúdo.
Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a língua de sinais?
É até positivo que o professor de uma criança surda não saiba libras, porque ela tem que entender a língua portuguesa escrita. Ter noções de libras facilita a comunicação, mas não é essencial para a aula. No caso de ter um cego na turma, o professor não precisa dominar o braile, porque quem escreve é o aluno. Ele pode até aprender, se achar que precisa para corrigir textos, mas há a opção de pedir ajuda ao especialista. Só não acho necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente.
O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas?
Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho.
Texto retirado da nova escola de Meire Cavalcante
REFERÊNCIAS
BARROS, Jussara de. Dificuldades de Aprendizagem. Equipe Brasil Escola. Disponível em: . Acesso em: 03 mar. 2010.
BRASIL, 2008. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf> Acessoem: 23 mar. 2010.
BEZERRA, A. R. C.; CHALEGRE, C.T.; GUIMARÃES, D. S. L.; CAMILO D. I. S. Intervenção
Terapêutica-Ocupacional na Psicose Infantil, 2004. Disponível em: . Acesso em: 02 fev. 2010.
CID10 - Código Internacional de Doenças. 10. ed. Disponível em:. Acesso em: 29 dez.2009.
CORREIA, Luís de Miranda; MARTINS, Ana Paula. Dificuldade de Aprendizagem: Que são?
O que é deficiência visual? | Modalidades NovaEscola http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/deficiencia-visual-inclusao-636416.shtml
Deficiência visual | Fundação DorinNowill http://www.fundacaodorina.org.br/deficiencia-visual/
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Festa Junina
Nosso Arraiá foi muito animado com danças apresentadas pelos os alunos mostrando que são capaz de realizar, comidas típicas, pescaria e bazar.
Festa das mães
Nossa festa das mães foi maravilhosa ao lado das mães de nossos alunos, com muita descontração: sorrisos, alegria, música ao vivo, desfile de mães e brincadeiras. Contribuindo assim para fortalecermos nossas amizades com mulheres guerreiras, que lutam por seus filhos com todo amor e dedicação.
PARABÉNS MAMÃES!
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